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Os
habitantes presentes na região antes da colonização,
e presentes no território do município
até hoje, são os índios mbyá-guaranis
e kaingangs. A partir de 1732, o Rio Grande de São
Pedro - como era conhecido o Rio Grande do Sul - passou
a atrair colonizadores que se radicaram na região
de Viamão.
Elevada à categoria de freguesia em 1747, em
1763 acolheu a governança da província,
que até então tinha sede na Vila do Rio
Grande, e que foi transferida devido à invasão
pelos espanhóis. |
Em julho de 1938 foi tombada pelo Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional. Em seu entorno nada restou
dos tempos coloniais, permanecendo a igreja como uma
relíquia singular, ainda que esplêndida,
da arquitetura setecentista no município.
Passando-se por dentro da capela-mor tem-se acesso à
sacristia, à esquerda, onde estão guardados
o púlpito e o ambão, removidos da nave
para melhor preservação, uma expressiva
coleção de Bandeiras do Divino de procissão,
e uma capelinha também de lavra rococó
com douradura, fechada por portinholas envidraçadas,
com duas belas imagens de roca processionais, uma representando
o Senhor Morto e outra o Senhor dos Passos.
Viamão se conservou sede do governo até
1773, quando este, por razões práticas,
passou ao antigo Porto de Viamão, hoje Porto
Alegre. E em 1880 desmembra-se de Porto Alegre para
tornar-se vila e sede de um município independente.
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Este
templo dedicado a Nossa Senhora da Conceição,
um dos mais significativos símbolos da identidade
local, foi erguido por Francisco Carvalho da Cunha,
que por volta de 1741 se estabelecera nos Campos de
Viamão, no sítio chamado Estância
Grande.
O projeto foi do Brigadeiro José Custódio
de Sá e Faria, com desenho de Francisco da Costa
Sene, construtor e mestre-carpinteiro, e sua construção
durou de 1766 a 1769, tendo sido celebrada a primeira
missa pelo padre José Malta em 6 de abril de
1770.
É a segunda igreja mais antiga do estado, atrás
apenas da Catedral de São Pedro, em Rio Grande,
e uma das mais elogiadas por antigos viajantes estrangeiros
em visita a estas terras, contando-se as menções
de Auguste de Saint-Hilaire em 1820 e Nicolau Dreys
em 1849.
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Saint-Hilaire
disse:
"Depois de São Paulo não
tinha visto nenhuma igreja comparável a essa,
possuindo duas torres, bem conservada, extremamente
asseada, clara e ornamentada com gosto. Pelas igrejas
do Brasil pode-se aferir do quanto seria o brasileiro
capaz, se sua instrução fosse mais cuidada
e se tivesse alguns bons modelos para orientar-se. Quem
conhecer apenas as igrejas das aldeias da França,
achará que as artes em nosso país ainda
estão em sua infância, dado o mau gosto
das obras, o estilo bárbaro dos ornatos, a violação
das regras da arte e tantos outros defeitos"
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Na
época da Revolução Farroupilha
já se acusava a necessidade de reparos urgentes,
que porém só viriam a ser efetivados em
1854, por Francisco José Pacheco Filho. |
Em julho de 1938 foi tombada pelo Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional. Em seu entorno nada restou
dos tempos coloniais, permanecendo a igreja como uma
relíquia singular, ainda que esplêndida,
da arquitetura setecentista no município.
Passando-se por dentro da capela-mor tem-se acesso à
sacristia, à esquerda, onde estão guardados
o púlpito e o ambão, removidos da nave
para melhor preservação, uma expressiva
coleção de Bandeiras do Divino de procissão,
e uma capelinha também de lavra rococó
com douradura, fechada por portinholas envidraçadas,
com duas belas imagens de roca processionais, uma representando
o Senhor Morto e outra o Senhor dos Passos.
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Curiosidade
- Na igreja Nossa Senhora da Conceição
encontra-se a urna mortuária do Padre João
Dinis Álvares de Lima, primeiro Padre Gaúcho.
Além dela, há os restos mortais de um
casal (não identificado) que esteve presente
na Guerra do Paraguai.
Estilo
dominante: Barroco
Religião: Catolicismo Romano
Diocese Arquidiocese de Porto Alegre
Sacerdote: Dom Jaime Spengler Construção:
1769 |
Ilustrações:
Xico 2021 - FCarlos Silva |
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